segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Amenos intensos


Coração que bate por muito não bate por pouco. Pés que foram feitos para correr não conseguem vagar perdidos, e os feitos para dançar, manter um ritmo controlado.

Tem alma que foi feita para existir, e alma que foi feita para viver, no sentido pleno da palavra.

Será a felicidade doce suficiente para aqueles que desejam apenas sorrir, e cabe a felicidade ardente para aqueles que querem transbordar sua vivacidade?

Talvez seja assim mesmo. Pessoas amenas e pessoas intensas, todas jogadas no mesmo mundo, buscando seus próprios ritmos, e as batidas que casem com as suas.

Será?


Será que a gente realmente sabe quando encontra o que procura?

Será que realmente não restam mais dúvidas, que os questionamentos vão embora?

Será que a gente sabe quando o coração acalma, quando o momento é aquele, quando o destino faz o seu traçado, e o que era pra ser certo, certo o é?

Será que só assim, o coração para com seus anseios?

Será? Será que não?

Sei lá.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O peso de nossos baús


Engraçado quanta coisa fica não dita na vida.

Quanta coisa precisava ser proferida ao menos uma outra última vez, e quanta coisa deixamos passar sem dar a nossa voz.

Quantos trens perdemos na viagem da vida, quantos engasgos pela palavra não dita.

Palavras não jogadas ao vento,
Guardadas e trancadas em nossos baús sem chave,
dois quais só nós sabemos o tamanho do peso.

sábado, 21 de setembro de 2013

Diga que me perdi


Se perguntarem por aí, diga que me perdi.

Diga que me perdi lutando e caminhando para tornar meus sonhos realidade.

Diga que, como fera, estou com garras e dentes para fora, agarrando meus objetivos e oportunidades.

Diga que meu coração é mais forte ainda, e ainda assim, o mesmo coração que abraça todos os sentimentos que a vida centelha, que a vida transborda e deixa beber.

Diga que me perdi, para me encontrar.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fios do destino

Engraçado seria se os fios do destino nos levassem a um só lugar,
um só momento,
uma só pessoa.

Engraçado seria se eles não tornassem a dar voltas nas mesmas histórias de vez em quando. Trazendo aquilo que já se foi, deixando aquilo que chegou.

Engraçados os fios do destino, esses, tão entrelaçados, tão soltos... Tão curtos, tão longos.


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Arte em jaula


Em um mundo onde o trabalho vira jaula e a hierarquia motivos de chicote, loucos aqueles que acreditam que o verdadeiro artista responderá a força ferrenha do rugido alto de gatinhos no poder, e coitado daquele que acredita que a arte é vitrine, que a arte é só e tão somente algo comerciável e descartável, que serve como a competição e demonstração de exuberâncias entre os homens. Por fim, pena daquele que hoje é artista, e que, nesse mundo de gritos e castrações, ainda tenta a sua arte

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Por um triz


Sou uma pessoa por um triz.

Ser por um triz, é sempre estar pronto para passar para o outro lado, passar para onde o risco é enorme, onde a vida tem cor e os sonhos cheiro.

Por um triz de me jogar, de gritar, de simplesmente deixar o vento levar. Uma pessoa por um triz de viver o intenso, de abrir mão do essencial e do que nem é tão essencial assim. Essas coisas que criamos a nossa volta para fielmente acreditar que nossa vida é tudo que a gente quer que seja.

Talvez ela seja, mas se não for por um triz, ainda não cheguei lá. Um triz de ser cara de pau, um triz de machucar os joelhos na tentativa de fazer dar certo. Talvez até mesmo, grande parte das vezes, não seja um triz, mas sim um ali mesmo. Ali mesmo, me jogando, me arriscando, abrindo as mãos e sendo feliz.

É, grande parte das vezes, estou ali mesmo. Mas ainda assim, uma pessoa por um triz, e se não for assim, se for sempre seguro e tranquilo, não precisa ser.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A vida dá um jeito


Eu vou aprendendo com o tempo que não vale a pena sentir dor. Sentir dor de amor, dor da expectativa, dores de frustração. Não que não devemos amar, criar as expectativas e tentar mesmo que dê errado. Longe disso. Mas precisamos aceitar que nem todos os amores durarão para sempre, que as expectativas, se não forem transformadas em planos, acabam em nada e que nem sempre os planos se concretizam. Precisamos aceitar o ritmo da vida, que pessoas vem, que pessoas vão, e que todo o momento é passageiro. Precisamos aceitar que dores são inevitáveis, mas supera-las também, e que sempre existe um amanhã para cicatrizar as feridas, mesmo que essas venham a ser abertas mais tarde. As coisas acontecem, e tudo que podemos fazer é tentar encaminhar tudo da melhor forma possível, tendo uma idéia do que queremos para o futuro e torcendo para que nossas metas nos levem a felicidade. Vitórias e derrotas, ambas abraçadas com a mesma intensidade com que devemos nos abraçar a vida e todas as experiências que essa tem a nos oferecer, em seus caminhos incertos e nas surpresas a cada novo desafio, nova pessoa, e novo sentimento deixado na estrada. Guardar com carinho o que se passou, dar a mão para o presente e abrir os braços para o futuro. O resto, deixe para a vida dar um jeito, e pode ter a certeza que ela o fará.