quinta-feira, 17 de julho de 2014

Expectativas falhas


Minha expectativa para com as pessoas, por fim, é grande demais para elas obterem sucesso seja no que for.

Minha imaginação e minha vontade de distribuir o que acredito ser amor talvez não condizem com aquilo que sou e o que consigo externar para o mundo.

A gente se sente meio doente, sem saber onde colocar todo o sentimento, toda a emoção e a vontade de alegria.

Ninguém se importa tanto,

e essa sim é uma lição para levar adiante,

para fazer dar certo,

para doer só o que realmente tiver que doer.

domingo, 13 de julho de 2014

Além


Enquanto isso ainda procuro pelos cantos quem me veja pelo que sou.

Além da casca, além do manto que penduro acima das vestes surradas,

travestido na fragilidade ou na força que bem convém.

Ainda procuro pelos cantos,

quem veja além, em mim.

Há de chegar


Quando acordo com aquela sensação muito viva de que o futuro demora,

respiro fundo mais de uma vez.

Penso em mim,

penso em nós.

Aceito o espaço enorme no peito,

e o preencho com o presente.


Nosso futuro há de chegar,

e é por aqui que começo.

domingo, 6 de julho de 2014

Pessoas rasas


Vou me sentindo cada vez mais rodeado pelo banal.

Pessoas rasas nas quais mergulhar é impossível,

que as curiosidades do dia batem na mesma tecla e não mudam.

Crescimento? Pra que? O mundo gira mesmo assim.

Conhecimento? Loucura! Ser limitado é normal.


Vou me sentindo cada vez mais rodeado pelo banal,

pelo desinteressante, pelo trivial.

O problema é me sentir assim,

quando em mim há a profundidade do oceano,

uma gama de coisas que quero descobrir,

sem ter alguém em quem mergulhar e partilhar mais de mim.


Ao menos ainda lembro,

que em mim não basta um mergulho,

para saber o fim.