Chega um momento na vida que a palavra certa para livrar a nós mesmos da culpa é "aceitar". Nos deparamos com a realidade simples e desembaraçada de que devemos aprender a aceitação. Não falo do "aceitar as coisas como elas são", não da maneira pesada com que essas palavras caem em nossa mente.
O Aceitar é essencial, a todo o tempo, em qualquer lugar, sobre o que for.
Devemos aceitar nossas escolhas, independente de como seriam as outras alternativas, precisamos abraçar nossas decisões, mesmo que possam ou não ter sido as mais corretas, afinal, não há juiz mais rigoroso em nossas vidas do que nós mesmos. Não existe nada pior do que se apegar a culpa de suas escolhas. Também devemos aprender a aceitar as escolhas dos outros, já que chegará o momento onde eles farão isso por nós. Devemos aceitar que o coração é livre para sentir como bem quiser, e que não importa o quanto nosso cérebro grite, o peito ainda vai seguir suas próprias vontades, que nem sempre serão as mesmas da razão. Devemos aceitar que somos imperfeitos, e agarrar com força a realidade de que podemos sim errar, tropeçar, e cometer nossas gafes. Não há pior erro do que o de não aceitar que podemos ser imperfeitos e que nem sempre nossas atitudes vão ser dignas de aplausos. Pensando assim, também devemos aceitar que devemos rir desses mesmos erros, do coração e das escolhas, independente de seus resultados. A vida por sí só nos lembra de seu peso, e não precisamos de carga extra criada por nossos próprios sentimentos.
Por fim, devemos aceitar que tudo muda o tempo todo, e que as coisas sempre irão se encaixar, agora ou depois. Enquanto isso, devemos aceitar que é permitido aproveitar o que temos em nossas mãos, sem achar melhor ou pior do que aquilo que passou e do que está por vir. Apenas (e por incrível que pareça, é simples!) aceitar que não podemos passar pela vida sem abraçar tudo aquilo que o universo nos manda, a hora que mandar.
O importante não é que as coisas venham e aconteçam, e sim, que tudo aquilo que vier e acontecer, seja recebido de braços e coração abertos.