quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Confome a música


A vida é tão transitória, em tantos sentidos, que hoje mais vale não esquentar a cabeça com o que em breve já não está mais aqui. Calma, a vida afasta quem não acrescenta, afasta quem incomoda e certamente afasta aqueles com quem a energia não sintoniza. Mas também, afasta aqueles com quem temos a certeza de que iremos trilhar o resto do caminho... Ame, cuide, seja atencioso e lembre de que todo o carinho é bom. As situações? Elas vão importar lá na frente? Se sim, dê um jeito. Se não, tempo! Que o tempo arruma.

Sutileza ao dançar conforme a música, mas sem esquecer aquilo e aqueles que fazem a diferença e deixam a vida mais feliz. Lá no fim, é o que queremos que sobre do presente.

Pelo que lutar


O amor não tem explicação, ele é o que é. É o amor que nos faz cometer essas loucuras, essas vivências únicas que logo serão lembradas com carinho. É o amor que nos faz viajar grandes distâncias, que nos faz cometer os pequenos micos no meio da rua. É o amor que nos faz ter aquela péssima noite de sono, pra passar mais tempo com quem se quer bem. É por culpa dele também tanto bico, tanta manha, tanto quero porque quero. O amor, como dizem, realmente move montanhas, ou pelo menos muitos corpos no espaço. Esse amor de amigo, amor de amante, amor de irmão, de pai, de mãe, de bichinho de estimação. Que exista amor, que se faça amor, e que jamais deixemos de acreditar que é com ele que devemos tirar as pedras do caminho, com ele que devemos seguir na nossa estrada. Que seja amor por si só nos caminhos para a felicidade, e que em cada novo nascer de sol, tenhamos uma nova ambição, e esses amores pelos quais lutar.

Todos que sou


Vem, vida. Vem com toda sua força, chega, me faz mudança mais uma vez. Me faz seguir o caminho, mas sem deixar para trás aquilo que me faz sorrir. Que vá comigo o amor de cada coração que toquei, que vá comigo a inspiração de cada instante inesquecível... Vem vida, me leva, mas me leva como o todo que sou, todos que sou.

Sua mão


Quando parecer muito difícil, quando tudo for muito assustador, que venha sua mão e lembre de que essa vida é só uma. Quando for um dia ruim, lembre que é uma tristeza entre as felicidades. Quando der errado, que seja por tentar. E quando der certo, que seja pelo esforço e pelo merecimento. Que os infortúnios tornem-se detalhes, e as alegrias, um norte a se seguir. Que jamais falte o amor, a maturidade, e que, para cada lágrima derramada, venha um novo dia para se vencer.

Andanças de um coração remendado


Penso que com todas as andanças dessa vida, ainda não aprendi a me despedir dos meus. Penso que com o tanto que já dividi de mim, ainda não aprendi a entender distâncias. Penso que em tantas escolhas, ainda não aprendi a escolher... Mas ainda assim me despeço, caminho, escolho, e sigo em frente, buscando o entendimento, e me preenchendo dos sorrisos que encontro no caminho, das lembranças que ficam comigo. Vai, cigano! Que o coração remendado faz parte do teu ser...

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Prisioneiro


Olha só que engraçado.

Meu medo é de seguir em frente, de dar o próximo passo e acabar sendo prisioneiro das circunstâncias, perder minhas asas e parar de voar pelas amarras das limitações. Meu medo é que a liberdade que existe e explode em mim, que a estrada que chama meu nome, que as músicas que tocam meu coração e movem meu corpo já não possam mais ter seus efeitos sobre minha alma por culpa daquela familiar mas há muito adormecida sensação de algemas da sociedade, do mundo frio, caótico e que perdeu o coração faz tempo.

Aí que vem a graça. Se o medo me parar, se eu de fato acreditar que só terei minha vontade cigana enquanto estiver no conforto dessa estranha e inerte estabilidade que me deixa voar, mas não por onde penso querer, já não seria eu prisioneiro de minha própria liberdade?

Seria eu um prisioneiro do medo de me tornar tal qual?